As origens do nome Dantas
Na realidade o
nome "Dantas" vem de D'antas que por sua vez vem de Antas. É um apelido
de origem toponímica ligado aos antigos povos druidas celta como veremos
a seguir.
Os Druidas
Os Druidas foram os povos de origem indo-européia
que habitavam extensas áreas da Europa pré-romana, eram sacerdotes do
lendário povo celta.
A natureza e as questões sobre respeito à vida acima de qualquer coisa é
o ideal de um Druida. Como os maiores sábios e seres dotados de dons
especiais, os Druidas eram conselheiros de reis e sacerdotes das tribos.
Praticamente tudo que é sabido sobre os druidas, foi relatado por
historiadores gregos e romanos que tiveram contato com os celtas nos
séculos que antecederam ao cristianismo. Descreveram como poderosos
sacerdotes dos povos celtas, sábios e juristas, poetas, contador de
mitos e lendas, místicos e conselheiros. |
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Os druidas (e
druidesas) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento,
ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não
haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra,
druida parece provir de oak (carvalho) e wid (raiz indo-européia que
significa saber). Assim, druida significaria aquele(a) que tem o
conhecimento do carvalho. O carvalho, nesta acepção, por ser uma das
mais antigas e destacadas árvores de uma floresta, representa
simbolicamente todas as demais. Ou seja, quem tem o conhecimento do
carvalho possui o saber de todas as árvores. As druidas e
os druidas celtas da Galiza usavam as pedras, lajes, arcas ( dolmes, os
chamados casa de mouros ) e menhirs (chamados antas e pedrafitas
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também as águas, para as cerimônias do culto druida. As pedras sacras
dos celtas galegos, das que tanto ha na Galiza, eram objeto de culto e
ainda são. Eram as aras , o altar, das praticas adivinhadoras dos
celtas. Mais de dois mil anos mais tarde as tradições célticas da Galiza
estão ainda muito vivas e as mais puras são dos sete países celtas
( Eire, Galiza, Breizh, Kernow, Cymru, Mannin e Alba ). |
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•As Antas da Galiza
(Galícia termo usado no Brasil, é uma comunidade
autônoma situada no noroeste de Espanha, ao norte de Portugal, com
estatuto de nacionalidade histórica)
As Antas e
Antes são os oficiais do culto druida dos Celtas da Galiza para as
praticas de adivinhação. Os Celtas não têm templos, eles usam a
Natureza, eles fazem o culto druida nas pedras, nas fontes, nos
montes, nos rios, perto da mar, eles usam as
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pedras como aras. Hoje na linguagem moderna galega,
o termo Antas é usado para se referir
a essas pedras sacras que os druidas utilizam para as cerimônias. |
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•O verdadeiro significado
de Antas no contexto do nome Dantas
Antas (-es), refere-se aos
oficiais do culto Céltico druida.
Antas e Antes
são verbas da velha língua Goidélica da Galiza, do Galaico. Ant =
"oficiais" e anted = "to fit" têm o mesmo sentido ainda hoje na língua
Gaélica da Eire ( Irlanda ) e faz referência as pessoas que são capazes
para realizar as cerimônias druidas e podem servir de intermediários
para interpretar os desejos dos deuses.
Na Galiza
Ant's são os interpretes dos deuses, são designados, consagrados, a um
deus céltico particular : Briga, Lugo, Bel, Cerne.
A mais velha
referência ao culto druida céltico na Galiza vêm do escritor latino do
primeiro século Silio Italico, quem na sua De bello punico , diz : |
Fibrarum et pennae
divinarumque sagacem Flamarum, misit dives Gallaecia pubem ...
O verba do Galaico Antas ( ou Antes ) é ainda hoje utilizado na língua galega
moderna. O Galego é o nome que os galegos dão a sua língua. O Português,
é uma variante dessa língua, com algumas diferenças, assim como ocorre
por exemplo entre o Inglês-Americano e o Inglês da Inglaterra, e por
isso é conhecido pelo nome galego-português .
As Ant-es - os
que são oficiais - são considerados como uma categoria de druidas. Eles
correspondem ao termo latinizado -Vates- como Julio Cesar o reportou na
Guerra das Galias . O termo Vat- ( Vates - Antes- Antas ) vêm também do
indo-europeu que quer dizer inspiração, *insufler* , e isto é exatamente
o que os druidas oficiais do culto faziam para as praticas de
adivinhação na sua comunicação com os deuses Célticos.
Na língua
galega de hoje o termo Antas é usado com pelo menos, três significados.
Todos têm correlações com o significado original. Estas diferentes
particularidades dependem da zona da Galiza e não são constantes. Mas em
geral o termo faz alusão as pedras, as velhas pedras do culto druida, as
mesas dos sacrifícios. Essas aras que se acham por toda Galiza, perto da
mar, nas fragas ou pedras sozinhas. No Sul da atual Galiza como
também na Galiza meridional, no Norte de Portugal, o termo Antas faz
referência as pedras sacras dos sacrifícios no culto druida. |
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Os Dantas em
Portugal São
originários de Portugal mais propriamente do norte província do MINHO. Dizem
alguns genealogistas que procedem da família de Fernão Mendes de Antas
(ou D’antas), pai de D. Fernão Mendes de Bragança o bravo senhor
de Bragança.
Mem Fernandes Antas ou D. Fernão Mendes de
Bragança foi um fidalgo e cavaleiro medieval português, foi
Governador de Bragança e alferes do 1º rei de Portugal D. Afonso I
(que reinou nos anos de 1143 a 1185). Era filho de Fernão Mendes
de Antas e de N…?? Afonso de Leão. |
D. Afonso I - Primeiro rei de Portugal |
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Casou com
Sancha Viegas de Baião, filha de Egas Gosendes de Baião e de Unisco
Viegas de quem teve os filhos:
1 - D. Fernão Mendes, senhor de Bragança (1095 -1160) casado por duas
vezes, a primeira com Teresa Soares da Maia e a segunda com D. Sancha
Henriques, infanta de Portugal, filha de Henrique de Borgonha, conde de
Portucale (região portuária) e de Teresa de Leão. Infanta era um
titulo dado para as filhas dos reis de Portugal ou da Espanha, mas que
não eram as herdeiras das coroas. O casamento com D. Sancha revela a
alta linhagem de D. Fernão Mendes.
2 - Rui Mendes.
3 - Urraca Mendes casada por duas vezes, a primeira
com Diogo Gonçalves Cête e a segunda com Soeiro Pais Mouro.
4 - Nuno Mendes de Caria casado com Dórdia Mendes
de Riba Douro. |
Os Dantas no
Brasil Como aconteceu com muitos outros apelidos, também neste
(das Antas, de Antas, D'antas) se deu a junção
da preposição e existe por isso sob a forma Dantas. Comprovadamente, os registros mais antigos encontrados com esse sobrenome
e relacionados ao Brasil, são os da família Moraes D'antas (ou Antas)
datados de 1555.
Balthazar de Moraes de Antas nascido em Mogadouro,
na região de Bragança, antes de 1540. Era filho de Pedro de Moraes e
Ignes Navarro de Antas. Pertencia as famílias Moraes e Antas, mas não
era herdeiro do morgadio, que cabia ao primogênito e que na maior parte
tinha sido anexado à coroa. Teve uma irmã casada com o sargento-mor José
Alvares Meirelles, cavaleiro fidalgo da casa do Sr. D. Antonio, e
morador no Mogadouro pelos anos de 1575, era irmão também de Belchior de
Moraes de Antas.
Era 10º neto de Afonso Henriques fundador de Portugal.
Balthazar chega a São Vicente em 1555 e casa-se com
Brites Rodrigues Annes antes de 1561. Brites Rodrigues Annes nasceu em
Portugal e era filha de Joanne Annes Sobrinho, que de Portugal tinha
vindo à capitania de São Vicente trazendo solteiras três filhas. Todas
casaram com pessoas de conhecida nobreza. |
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Em 1579, Baltazar de Moraes foi eleito Juiz Ordinário da Vila de São
Paulo. Foi no entanto impedido de tomar posse sob a alegação de que
seria cristão-novo e, portanto, proibido por lei de exercer cargos
públicos. Baltazar recorreu ao então Capitão-Mór de São Vicente, que lhe
garantiu a posse. Deve no entanto ter sido constrangido pelas suspeitas,
porque em abril de 1579 ele abandona o posto e segue para Portugal com o
único objetivo de obter provas formais de que era cristão velho de
conhecida e nobre linhagem. Chegando em Portugal, dirige-se à sua cidade
natal, Mogadouro onde faz lavrar sua carta de nobreza e "de puritate
sanguini" em 11 setembro de 1579, com todas as formalidades exigidas
pela lei e pela Inquisição, perante o Juiz Amador do Valle, de Mogadouro,
sendo escrivão dos autos o tabelião Gaspar Teixeira, justificou a sua
fraternidade por pai e mãe com Belchior de Moraes de Antas para se
aproveitar do instrumento que a este se tinha passado. Assim se julgou
de que se deu ao dito Balthazar de Moraes o seu instrumento autêntico, o
qual o fez reconhecer em 1579 pelos escrivães de Mogadouro, Monxagate,
Torre de Moncorvo, Mirandella, e Villa Pouca de Aguiar. Anos antes, seu
irmão Belchior já havia feito lavrar um outro documento, desta vez uma
carta de nobreza, que é também reproduzida nos documentos de Baltazar
pelos escrivãos locais. Registra seus títulos sucessivamente no Porto,
por Índia e Mina, em 1579; o mesmo fez em 1580 na cidade do Funchal; no
Faial; e nesse mesmo ano justificou o instrumento e fez reconhecer os
sinais dele na cidade da Bahia por Cosme Rangel de Macedo, ouvidor geral
de toda a costa do Brasil;(estando esta carta nos Títulos 1530-1805, do
Arquivo Heráldico e Genealógico de Sanches de Baena.)
e São Vicente, provando que não era Judeu ou Cristão Novo. Para que
estes documentos fossem aceitos sem qualquer sombra de dúvidas em São
Vicente, Baltazar faz uma verdadeira peregrinação, fazendo-os serem
reconhecidos em todas as localidades, de Mogadouro à Bahia. Isto porque
cada escrivão só podia reconhecer o sinal de outro escrivão por ele
conhecido. Chegando à São Vicente porém, parece que se desinteressou
pelo assunto, não voltou mais à São Paulo, e morreu próximo de 1600.
Nesse ano então, seu filho Pedro de Moraes leva os documentos ao
cartório de São Vicente e os faz reconhecer. Os originais foram parar
nas mãos de Francisco Velho de Moraes, neto de Baltazar que, para nossa
sorte, os faz reproduzir nos livros da Vila de São Paulo em 1670,
noventa anos depois, e por isto foi possível localizá-los e com eles
reproduzir a filiação de Baltazar até os senhores de Vimioso. Daí até os
Reis de Portugal e de Leão, consta de uma ação movida pela família para
impugnar a tomada de Vimioso pela Coroa, sob a alegação de não existirem
mais herdeiros. Dos Afonso até Carlos Magno, e os visigodos são
linhagens reais e portanto bem estudadas e conhecidas. |
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*Veja
aqui a carta de Brasão a família Dantas
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